Até 2013 a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral – SPCDM - empresa criada pela
Colossus Minreals e pela Coomigasp, deve investir R$ 320 milhões, a fim de que
a nova mina de Serra Pelada traga os resultados esperados. Desde 2008, quando a
parceria com a cooperativa dos garimpeiros foi firmada, já foram injetados na
região R$ 190 milhões pela empresa. Foi o que anunciou o engenheiro de minas e
presidente da SPCDPM, Paulo de Tarso Serpa Fagundes(foto) ao fazer uma rápida
avaliação dos avanços ocorrido no Projeto.
O terreno onde a nova mina subterrânea está sendo instalada
tem cem hectares. Ao todo, a Coomigasp detém três áreas de exploração no
distrito de Serra Pelada, com um total de 1.089 hectares. Além do local que já
está sendo transformado em nova mina por meio da parceria com a Colossus, a
cooperativa ainda tem outras duas áreas, uma de 123 hectares e outra de 700,
cujo projeto no futuro será estendido e a participação dos garimpeiros também.
Para que isso ocorro é necessário a realização de pesquisa geológica na área.
Caso seja constatada a presença de minerais também nessas duas regiões, a
cooperativa pretende firmar parceria com a Colossus, nos mesmos moldes da
efetuada na nova mina de Serra Pelada.“Este é um projeto pioneiro. Não existe
empresa canadense listada em bolsa que invista o volume de recursos que a
Colossus está investindo. No momento em que colocarmos a mina em funcionamento,
esse modelo vai acabar servindo de exemplo para outras parcerias”, acredita
Fagundes. Pouco mais de 350 metros de
mina subterrânea já foram escavados e a expectativa de Paulo Fagundes é de que
a mina alcance cerca de 400 metros de profundidade, o equivalente a um prédio
de 120 andares, com rampas e acessos subterrâneos. Abertas com o emprego de
dinamite, as galerias de onde serão extraídos os minérios estão sendo concretadas,
a fim de se evitar possíveis desmoronamentos. A cada explosão, avançam-se três
metros. O túnel principal da mina, por onde passam os veículos e circulam os
funcionários, também está recebendo telas de contenção e camadas de concreto. A
movimentação da rocha é acompanhada periodicamente por meio de medidores
instalados ao longo do trajeto da mina. Antes de seguir pelo longo túnel que já
dá forma à nova mina, os funcionários precisam passar por uma série de
procedimentos de segurança. Todos passam por um curso especifico com 30 horas de treinamento, onde o funcionário
recebe informação sobre primeiros-socorros e orientações sobre como se portar a
tantos metros de profundidade. Em geral, cada funcionário permanece até seis
horas dentro da mina, sob uma iluminação que se assemelha à de uma casa à
noite. Protetores de ouvido e colete sinalizador são de uso obrigatório, além
de máscaras para respiração e outra chamada máscara de fuga, que tem vida útil
de 25 a 120 minutos de oxigênio, em caso de possível desmoronamento. Antes de
entrar na mina, todos ainda precisam verificar a pressão arterial. Para o
presidente da Coomigasp, Gesse Simão os trabalhos estão evoluindo a cada mês no
que diz respeito das escavações. Tudo está sendo acompanhado por diretores da
cooperativa que tem um escritório de operações
dentro do canteiro de obras.
Fonte: AgaspBrasil
E nos garimpeiros, à míngua, vai ser investido algum centavo?
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