Mapa da Mina

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sul Metal e Mineração termina com 100 milhões negociados

Criciúma - A Feira Sul Metal & Mineração 2012 encerrou nesta sexta-feira, 29, com um movimento superior a R$ 100 milhões em negócios e 24.900 visitantes em seus quatro dias. "Este é um levantamento prévio, pois próximo das 23 horas ainda havia expositores negociando com clientes", revela a coordenadora do evento, Fabíola Taraskevícius. O resultado final do evento será divulgado na próxima semana, após tabulação dos dados repassados pelas empresas participantes. Para o presidente da feira, Guido Búrigo, os resultados dos expositores e a avaliação positiva que todos fizeram do evento confirmam o sucesso do evento. "Todas as empresas elogiaram o formato da feira e fizeram negócios", destaca. Rogério Mendes, presidente do Simec, entidade parceira do evento, afirma que para a entidade o melhor é poder proporcionar a oportunidade de fazer bons negócios.

Uma feira profissional e com negócios realizados durante os quatro dias e prospecção de novos fechamentos após o evento. Esta foi a avaliação geral dos expositores. ?O resultado foi muito bom?, afirma Telmo Pellegrino, gerente de vendas da Motormac. Nos três primeiros dias do evento, a Motormac comercializou sete equipamentos, entre retroescavadeiras e geradores. ?A feira está muito profissional. Participamos de 12 eventos neste ano e este foi o melhor deles?, avalia João Meirado, diretor da CMH. ?O visitante desta feira sabe o que quer, se ele encontrar, ele compra?, explica. A CMH vendeu 12 equipamentos nos três primeiros dias, cada um com valor médio de R$ 60 mil. A expectativa era chegar a 20 ao final da Sul Metal & Mineração.

A Copar Tratores, distribuidora Randon, aproveitou o evento para mostrar ao mercado o recente lançamento RD406 Advanced, retroescavadeira Randon. Segundo o gerente executivo Gustavo Tecchio, uma feira como esta é uma oportunidade para os clientes compararem os produtos disponíveis no mercado. A Copar comercializou 10 retroescavadeiras, 20% delas para clientes novos.

Para a Unistamp, o evento teve uma prospecção forte com clientes novos e também vendas. ?Esta é uma feira regional com público fechado, o resultado foi bom?, confirma o gerente comercial Marcos Aurélio Severino. A Cosa Intermáquinas também espera novos negócios pós-feira. ?Temos muitas visitas agendadas e projetos de automação?, revela Alex Fernando Robi, gerente de vendas Usinagem. Com a venda de quatro escavadeiras hidráulicas, a Romac também mantém expectativa de gerar novos negócios após o encerramento da Sul Metal & Mineração. 
 
Fonte: sulnoticias.com

Grupo de mídia teme interferência de magnata da mineração

Tradução e edição: Leticia Nunes
 
Gina Rinehart é a pessoa mais rica da Austrália. Ela fez sua fortuna – estimada em 30 bilhões de dólares – no setor de mineração. A empresária de 58 anos herdou a companhia Hancock Prospector de seu pai, o magnata da mineração Lang Hancock, e hoje briga na justiça com três de seus quatro filhos por conta da divisão da fortuna da família.

Nos últimos anos, Gina começou a investir em empresas de mídia – comprou ações na Fairfax Media e na Ten Network. Aos poucos, tornou-se a principal acionista da Fairfax, e agora promete sacudir a mídia e a política australianas: ao que parece, quer o controle do grupo, que publica dois dos mais influentes jornais do país, o Sydney Morning Herald e o Age, de Melbourne.

Os jornalistas destas publicações temem que Gina queira transformá-las em porta-vozes da indústria de mineração. A empresária cercou a Fairfax em seu momento mais vulnerável. O Sydney Morning Herald já esteve entre os jornais mais lucrativos do mundo, graças a seu domínio no setor de classificados, mas o crescimento da internet tirou dinheiro e circulação dos jornais da empresa. Em junho, foram anunciadas mudanças drásticas: os dois jornais passarão a ser publicados em formato tabloide a partir de março, duas fábricas de impressão irão fechar e serão eliminados 1.900 empregos nos próximos três anos. Um semana depois dos anúncios, os editores-chefes das duas publicações deixaram seus cargos.

Demandas

Este ano, Gina aumentou sua fatia na Fairfax para 18,7% e quer conseguir três cadeiras no conselho da empresa, incluindo aí a posição de vice-presidente para ela própria. Os jornais da Fairfax – de centro-esquerda – operam sob um documento que garante a seus jornalistas liberdade editorial. Gina não concorda, e quer impedir que a diretoria da empresa tenha de funcionar sob “condições inadequadas”. O conselho já rejeitou suas demandas.

Contrariada, ela ameaça vender sua fatia, e talvez comprá-la de novo mais tarde, o que aumentou a especulação sobre seus planos. Com o preço das ações da Fairfax em baixa, não custaria muito para a empresária abocanhar a empresa inteira.

O governo trabalhista, que já sofre ataques do império de jornais do magnata Rupert Murdoch, teme arrumar mais um inimigo. O vice-primeiro-ministro Wayne Swan, que também ocupa o cargo de ministro das Finanças, prevê um impacto negativo na democracia se Gina Rinehart se negar a garantir independência editorial aos jornais. Ele admite, entretanto, que ela tem o direito comercial de, se quiser, assumir o controle sobre a Fairfax.

Políticos e jornalistas já veem um conflito em potencial caso o possível controle de Gina interfira na independência dos jornais: a centro-esquerda do país apoia um novo imposto sobre os lucros da indústria de mineração, que começa a ser aplicado este mês. Gina, junto com outros magnatas do setor, fez forte campanha contra o imposto, alegando que ele prejudicará a competitividade da Austrália. Informações da Economist [30/6/12].
 
Fonte: observatoriodaimprensa.com.br

Análise: Por que não trabalhar com mineração?

Para quem está em busca de novos ares no âmbito profissional, a área de mineração aparece como uma boa opção. No passado, a imagem que tínhamos desse segmento era a de que existiam diversas pessoas em condições precárias dentro de minas ou em barrancos perigosos e, por muitas vezes, correndo até risco de morte. Hoje, no entanto, os processos já foram modernizados e as tecnologias tornaram os trabalhos mais simples, existindo altos padrões de segurança. Se você quer um exemplo dessa transformação, basta analisar o que foi a mina de Serra Pelada, no Pará, há 20 anos e a sua nova estrutura.

O minério de ferro, especificamente, é um dos produtos que o Brasil mais exporta desde o ano de 2005. Além disso, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o setor será responsável por um aporte de aproximadamente US$ 75 bilhões entre os anos de 2012 e 2016. Outro fator favorável é a alta no preço das commodities, mais especificamente do ouro, ferro e cobre.

A junção de todos esses pontos teve como consequência um aumento importante na procura por profissionais capacitados. Aliás, se engana quem acha que o setor só oferece espaço para engenheiros ou geólogos. Por conta de sua estrutura de negócio também existe uma demanda relevante por médicos, economistas, administradores de empresas, psicólogos e para quem pensa em seguir a carreira na área de compra e venda de minérios. Ou seja, é possível atuar neste mercado mesmo sem possuir conhecimento técnico.
Imagem: Thinkstock


O mercado procura por pessoas que possuam diferentes tipos de conhecimento e estejam interessadas em contribuir com o crescimento da mineração no país. Uma prova disso são os salários oferecidos. Atualmente, pessoas que ocupam cargos técnicos, como os geólogos de exploração mineral, recebem cerca de R$ 5 mil. Os profissionais que estão em postos mais altos, engenheiros de minas especialistas na construção de projetos de extração mineral, por exemplo, chegam a ganhar até R$ 50 mil. Em outros mercados, dificilmente encontramos uma variação salarial como essa e uma oferta tão grande de vagas.

Para entender o porquê dessa escassez de profissionais basta conferir os números do levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A instituição divulgou que no Brasil a engenharia, área com a maior demanda, formou apenas 30 mil profissionais por ano, enquanto Rússia e Índia formam mais de 110 mil pessoas. Já a China, reconhecida por seus números exorbitantes, possui cerca de 300 mil novos engenheiros anualmente, ou seja, 10 vezes mais que o nosso país.

Para quem pensa que os dados são apenas resultados de um aquecimento momentâneo do mercado, vale lembrar que existem relatos de mineradores desde a pré-história. Além disso, a área tem um papel essencial no desenvolvimento da sociedade, já que é responsável pelo fornecimento de matérias-primas para diversos itens que fazem parte de nosso cotidiano como máquinas, ferramentas e veículos. O cenário mostra que as profissões que compõem o cenário da mineração estão cada vez mais fortalecidas e o aprimoramento das tecnologias contribui para uma consolidação constante do setor.

Dominic de Souza - Diretor comercial da Citra do Brasil, empresa nacional que completa 25 anos e atua na comercialização de tecnologias locais e internacionais para otimizar processos em empresas que atuam em segmentos como petróleo, portos, mineração, siderurgia, metalurgia do pó, ferroviário, agricultura e tratamento de superfície.

Fonte: administradores.com.br

O impasse dos royalties da mineração

O artigo foi desenvolvido com a intenção de amadurecer a análise jurídica acerca do movimento “Justiça ainda que tardia”, dando ênfase aos ideais do movimento supracitado, o qual possui total apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, exaltando as reivindicações pela aprovação de um projeto de lei, que viabiliza o aumento das alíquotas dos royalties da mineração, reformulação na cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM e, conseqüentemente um aumento na arrecadação e apuração dos recursos minerais. Das considerações preestabelecidas, agrega-se a discussão da disparidade existente entre os royalties do petróleo em comparação com royalties da mineração.

1. A perspectiva prefacial acerca do movimento – “Justiça ainda que tardia”

À vista primeira, nos lindes da realidade fática, permita introduzir o presente tema com a assentada compreensão acerca do “Movimento justiça ainda que tardia” lançando pelo Governo do Estado de Minas Gerais, no dia 18 de junho de 2012, no Palácio da Liberdade, com a participação da seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), do escritório de representação de Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Mineira de Municípios (AMM).

Em estreita viseira, relata-se que a campanha alinha-se por uma alteração ou modificação na legislação brasileira, plasmada pela revisão das alíquotas dos royalties destinados aos Estados Mineradores.

Confluente a uma análise histórica acerca da incidência da Compensação Financeira na Exploração de Recursos Minerais, torna-se de grande valia o regresso ao início da cobrança da respectiva obrigação legal, para um melhor entendimento e compreensão do instituto no momento atual.

No ano de 1934, a Constituição Federal Brasileira rompeu com a unicidade na propriedade do solo e subsolo, perfazendo a quebra de um paradigma, com o desmembramento da propriedade do solo com as jazidas e minas a ele subjacentes ou afloradas, devidamente, reiteradas, nas disposições contidas no Código de Minas de 1940.

Com o ingresso desta nova roupagem, ocorre a caducidade do imposto único sobre minerais- IUM e nasce a participação no resultado da Exploração ou Compensação Financeira na Exploração de Recursos Minerais- CFEM, devidamente regulamentada pelo artigo 20, parágrafo 1º da Constituição Federal de 1988 e a lei 7990/1989.

Por derradeiro, há que se observar que a compensação Financeira para Exploração de Recursos Minerais fora criada para compensar a população pela exploração de um patrimônio natural, de natureza não renovável, com alto impacto ambiental que, enquanto no subsolo, pertence a todos, mas, após a sua retirada e comercialização emerge para seara, individual, da empresa Mineradora que está devidamente utilizando e obtendo o lucro com a sua exploração.

Registra-se que a lei enuncia como contribuintes da CFEM as mineradoras, exploradoras de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico,tendo como fato gerador a saída por venda do produto mineral das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais. Sob espreita, aduz que o órgão responsável pela fiscalização, regulamentação e administração desta obrigação legal é o Departamento Nacional de Produção Mineral –DNPM, autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Cumpre colocar em relevo que os políticos e associações favoráveis pelo aumento na alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM tem como argumento basilar a disparidade nos royalties entre os Estados, exploradores de produtos primários não renováveis, enfatizando que os royalties das mineradoras são inferiores a de outras empresas extrativistas, como as petrolíferas.

Em contrapartida, as Empresas Mineradoras aduzem que a carga tributária incidente sobre as atividades minerais no Brasil é uma das três maiores do mundo, e por se tratar de uma análise, isolada, tal constatação não teria o condão de induzir, automaticamente, a um tratamento igualitário, na medida em que conduz a uma estrutura normativa e fática totalmente diversa.

Nesse diapasão, a objeção supracitada exalta pela impossibilidade na comparação, uma vez que o setor de óleo/gás conta com uma série de benefícios fiscais de redução e/ou suspensão de tributos incidentes sobre a importação de insumos.

Em análise sistemática do contexto doutrinário, insta destacar o estudo realizado pela professora da Universidade de Brasília (UnB) e economista Maria Amélia Rodrigues Enriquez, em seu livro "Mineração: Dádiva ou Maldição", no qual realizou um estudo sobre a utilização da CFEM em 15 municípios de diferentes Estados, sendo que em 8 deles a receita advinda da CFEM representava mais de 20% da receita total do município.

Impõe-se, por isso, admitir que na realidade fática constata-se uma má gestão e discricionariedade na utilização da compensação financeira- CFEM, já que em dois municípios registrados pela Professora Maria Amélia Rodrigues Enriquez, fora constatado a vinculação da CFEM a um fundo, com aplicações como: concessão de empréstimos a empreendedores com juros subsidiados, construção de galpões industriais com cessão de direito de uso aos empreendedores, entre outros usos.

Agrega-se que a Lei 8.001/90 que regulamenta a CFEM não indica como os recursos devem ser utilizados e a omissão legal induziu à maioria dos municípios a adoção de um caixa único aos recursos da CFEM, sendo que estes se diluem nas despesas correntes.

A questão cuja elucidação se faz necessário é que antes de propor uma revisão das alíquotas para aumentar o percentual da CFEM torna-se imprescindível exigir das prefeituras e unidades da federação transparência no recolhimento e aplicação desse recurso.

Por fim, afigura-se propicio alinhar que o maior desafio da Compensação Financeira para Exploração de Recursos Minerais não é reajustar, apenas, o valor, mas ordenar a sua administração e fiscalização.

2. Conclusão

Conclui-se, de maneira inovidálvel, que não basta reajustar o valor da alíquota da Compensação Financeira na Exploração de Recursos Minerais –CFEM, se os Estados e Municípios não ordenarem a gestão deste recurso, já que as receitas dos royalties, segundo as diretrizes Constitucionais, tem como dever compensar os danos causados pela respectiva exploração,e não ser utilizada, apenas, em despesas correntes.

Por fim, por meio das considerações até aqui tecidas, aduz que o presente artigo levou em consideração as diretrizes Constitucionais e legais acerca da matéria, bem como os diversos entendimentos dos profissionais, especialistas no tema, com o fito de demonstrar de forma ampla e coerente o debate proposto pelo Movimento “Justiça ainda que tardia”.

3. Referências

BRASIL.Constituição (1988).Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
DECRETO 2705/98. Decreto n° 2.705, de 3 de agosto de 1998.
LEI Nº 7.990. Lei n° 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
ENRIQUEZ. Maria Amélia Rodrigues. MINERAÇÃO: MALDIÇÃO OU DÁDIVA? OS DILEMAS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A PARTIR DE UMA BASE MINEIRA, 2008. Editora Signus. São Paulo.

* TATIANA FORTES LITWINSKI: Advogada e Consultora Jurídica, Pós Graduada em Direito Processual Civil, com atuação em Direito Empresarial e Direito Mineral.
 
Fonte: odebate.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aberta edição 2012 da Feira Sul Metal & Mineração

Foto: Divulgação
Criciúma - Autoridades de Criciúma, região e de vários países participaram da abertura da Sul Metal & Mineração ? III Feira Nacional da Indústrira Metalmecânica e Mineração e I Feira Nacional de Equipamentos e Tecnologia para Construção, nesta terça-feira, 26 de junho, no Pavilhão de Exposições José Ijair Conti, em Criciúma-SC. A solenidade contou com a presença do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, vice-prefeito do município, Márcio Búrigo, do vice-prefeito de Nova Veneza, Marcos Aurélio Spillere, do presidente da Feira, Guido Búrigo e dos presidentes do Sindicato da Indústria de Extração Carbonifera de Santa Catarina (SIESESC), Ruy Hülse, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico (SIMEC), Rogério Mendes e a coordenadora da feira, Fabíola Taraskevicius.

Durante seu pronunciamento, Fabíola, emocionada agradeceu a todos os expositores. "É emocionante transformar um evento como este perfeito para receber os nossos visitantes. Pessoas do Paraguai, Uruguai, Itália, China, Mocambique, Angola, entre outros países passaram por aqui, o show já começou"

O presidente do Siecesc enfatizou o setor de mineração . "Nós do setor de mineração somos parceiros há muito tempo. Três anos após a fundação da Satc instituimos o curso de qualificação de mão-de-obra para o setor. A feira serve para encontro de muitos fornecedores e grande negócios".

"Fazer acontecer a terceira edição é fruto de um legado que os nossos antepassados nos deixaram, as dificuldades continuam, mas buscamos inovar", ressaltou o presidente do Simec, Rogério Mendes.

Fontes: Redação
            sulnoticias.com

Ferrous reestrutura projeto de ferro e reduz investimento para US$ 1,2 bi


Presidente da mineradora, Jayme Nicolato, diz ter plano estratégico de “coisas concretas” e usa de cautela para traçar meta de produção de 15 milhões de toneladas em Minas.
Foto: Divulgação
A mineradora de origem inglesa Ferrous Resources anunciou nesta quinta-feira (27) uma reestruturação em seu projeto de minério de ferro para a região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Estimado incialmente em US$ 5 bilhões para produzir 40 milhões de toneladas do insumo do aço até 2015, a companhia reportou hoje aporte de US$ 1,2 bilhão na mina Viga, em Congonhas. A meta é atingir produção anual 15 milhões de toneladas de minério em três anos. “Parte dos recursos vai vir dos acionistas, parte de dívidas [financiamentos] e da geração de receita”, diz o presidente Jayme Nicolato.

Segundo ele, a companhia tem atualmente US$ 200 milhões em caixa. O montante é parte dos US$ 1,2 bilhão levantados por investidores ingleses quando da criação da mineradora em 2007. A Ferrous já investiu US$ 1 bilhão na operação em quatro minas, com a quais pretende atingir volume de 3 milhões de toneladas comercializadas neste ano com aporte adicional de US$ 50 milhões - a venda dessa pilha de minério deve gerar US$ 300 milhões de receita. A geração própria é o que deve pagar parte do investimento previsto até 2015. Para isso, a empresa projeta produzir 5 milhões de toneladas a partir de 2013. “Com esse volume, a geração de caixa [anual] será de US$ 560 milhões”, diz Nicolato.

A provisão própria será o combustível do aporte bilionário previsto para explorar Viga, cuja reserva comercializável é de 1,5 bilhão de toneladas de minério. O presidente da mineradora afirma que a capitalização a partir de repasse dos controladores e autogerarão de caixa dão segurança para não procurar um parceiro estratégico até 2015. Ele também descarta a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), ensaiada em três oportunidades (2007, 2008 e 2010). “Hoje, não precisamos pensar nessa possibilidade [IPO]”, afirma. “O IPO está descartado? Diria que não. Mas vai depender dos acionistas”, diz.

O discurso moderado de Nicolato, ex-Vale e CSN, é parte da reformulação da estratégia e do plano de negócios da Ferrous depois bastante burburinho gerado pela administração anterior. No cargo há três, após ter deixado a CSN, o executivo se mostra com os pés no chão sobre a realidade do mercado e as dificuldades de implantar projetos saídos do zero. “O plano de negócios é baseado em coisas concretas, em entrega”, diz. “Tudo nesse mercado é uma questão de confiança. Todas as empresas no Brasil estão passando pela desconfiança de entrega dos empreendimentos”, avalia.

Investimento total pode ir a US$ 3,3 bi
 
A Ferrous prevê elevar o volume de produção para 42 de milhões de toneladas de minério com 62,5% de teor de ferro em 2025, mas deixou de lado as projeções bilionárias de investimentos. Isto porque, os levantamentos de capital ensaiados com o IPO não encontraram no mercado ressonância no mesmo grau das expectativas da companhia. Por isso, o novo presidente da mineradora é mais cauteloso em comentar números futuros para evitar a desconfiança em relação à exploração de outras quatro reservas em Minas e na Bahia, cujo potencial explorável total é de 5 bilhões de toneladas. “Só vamos levantar capital para novos projetos quando estiver tudo na mão: todas as LI [licenças de instalação], estudos econômicos e de viabilidade [de engenharia e comercial]. Essa é a principal mudança na estratégia da Ferrous”, indica.
Apesar da postura cautelosa, Nicolato aponta que os novos aportes em cifras consistentes podem ser realizados a partir de 2015. Segundo ele, o custo de implantação por tonelada em Viga será de US$ 80. “Esse capex [investimento] deve se manter”, diz.

Se a margem de investimento por tonelada de mantiver, para atingir as 27 milhões de toneladas restantes serão necessários US$ 2,16 bilhões. Com isso, para atingir as 42 milhões de toneladas a empresa precisaria desembolsar no total US$ 3,36 bilhões.

O montante não inclui a construção de um porto em Anchieta, no litoral do Espírito Santo, nem a construção de um minerioduto levando a matéria-prima de Minas Gerais para o terminal logístico capixaba. Ambos os projetos voltam para a prancheta até segunda ordem. Por ora, para escoar as 15 milhões de toneladas previstas a Ferrous irá usar a malha ferroviária da MRS Logística. Em cada uma das quatro reservas em Minas, a empresa irá construir terminais pátios para empilhar o minério e fazer o transbordo para os vagões da MRS. Em viga, o pátio tem capacidade para operar 18 milhões de toneladas por ano.

Tonelada a US$ 105
 
A aposta da Ferrous é de que até 2015, o preço FOB da tonelada de minério de ferro produzido no Brasil chegue à China por US$ 105. A projeção, abaixo da média atual da cotação da commodity de US$ 140, é o cenário no qual a mineradora trabalha para operar com margem folgada de lucro. “A gente acredita que o preço no longo prazo, até 2020, irá se manter em US$ 105 por tonelada. Esse preço vai sustentar a expansão [de projetos de mineração] no Brasil”, afirma.

Após 2020, contudo, o horizonte ainda é turvo. O executivo, com mais de 20 anos de experiência em mineração, passando por diretoria da Vale e responsável por desenhar o modelo minerador da CSN, vê em países do oeste da África uma ameaça ao posto ocupado pelo Brasil de segundo maior produtor de minério de ferro. “Sou de uma época em que a produção da empresa que eu trabalhava [a Vale dos anos 1990] produzia mais do que a Austrália”, recorda.

As anglo-australianas BHP Billinton e Rio Tinto bateram em volume a produção brasileira. Segundo Nicolato, para 2015 a produção de ferro na Austrália atingirá 690 milhões de toneladas, enquanto a brasileira deverá atingir 444 milhões. “O Brasil perdeu a corrida do aço, mas pode ganhar a do minério de ferro. Para isso, precisamos correr porque além da Austrália aumentando a produção ainda tem o oeste africano. A África vai vir, já está vindo. Ela será uma grande competidora do Brasil”, avalia.

A previsão toma como base o fato, segundo ele, de a China consumir hoje 1,2 bilhão de toneladas de minério ante a produção de apenas 400 milhões, em geral com teor de ferro muito baixo. Símbolo do desenvolvimento nos padrões do tempo que consumo sustentável não era jargão, o aço é um dos principais pilares do urbanismo. Não à toa, o consumo atual chinês de aço é de 1,4 bilhão de toneladas, atingido em 2011. “Para completar a demanda, os chineses usam produção própria com custo muito alto. Tem empresa produzindo a US$ 160 a tonelada de concentrado de ferro”, diz.

A competição com países africanos como Guiné, onde a Vale pretende desenvolver projeto para aproveitar a reincidência de corpo mineral similar ao da mina de Carajás, no Pará, a maior a céu aberto do globo, mantém a Ferrous confiante no cenário futuro de lucro.

Embora não revele o valor do custo atual de produção, o que pode afetar as negociações de venda, Nicolato diz que “até US$ 50” o valor da tonelada vendida à China ainda é competitiva para a mineradora.

*O jornalista viajou a convite da empresa

Fonte: ig.com.br

PDVSA tenta dar garantias sobre refinaria Abreu e Lima

''Estamos construindo nossas garantias, temos nossa proposta para o pool de bancos que estão aí.", afirmou Rafael Ramírez, ministro de Petróleo e Mineração da Venezuela.
Foto: Divulgação
Caracas - O ministro de Petróleo e Mineração da Venezuela, Rafael Ramírez, confirmou nesta quinta-feira que a petrolífera estatal PDVSA segue seu trabalho para buscar as garantias para financiar em conjunto com a Petrobras a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

''Estamos construindo nossas garantias, temos nossa proposta para o pool de bancos que estão aí. Acho que devemos estar prontos para quando chegar o prazo, em novembro'', afirmou Ramírez durante um encontro com jornalistas.

Ele ressaltou as declarações da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que assinalou que a companhia brasileira deseja ter a PDVSA como sua sócia. Para Ramírez, que também preside a PDVSA, a declaração de Foster coloca um ''ponto final'' neste tema.

''Felizmente, se alguém quiser esclarecer qual era a posição da Petrobras, ela o disse claramente: o único sócio que estão buscando é a PDVSA para este desenvolvimento'', apontou Ramírez, que lamentou que sempre queiram colocá-los para ''brigar'' ou ''competir'' com a brasileira. ''Não temos nenhum problema com a Petrobras nem com o Brasil''.

Na segunda-feira passada, Foster afirmou que ''a PDVSA resolverá seus problemas'' e será sócia da Petrobras no projeto de Pernambuco.

''É possível que nos outros projetos que estamos avaliando consideremos participações de sócios em refinarias, mas não na Abreu e Lima'', acrescentou Foster.

Fonte: exame.abril.com.br

quarta-feira, 27 de junho de 2012

S11D: Vale recebe licença prévia de projeto de ferro Carajás pelo Ibama



A Vale informou o recebimento de licença prévia para o projeto de minério de ferro Carajás S11D, emitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em comunicado enviado ao mercado na manhã dessa quarta-feira (27).

A licença prévia é parte da primeira fase de licenciamento do empreendimento e atesta sua viabilidade ambiental. A entrada em operação da unidade de produção de minério de ferro está prevista para o segundo semestre de 2016.

De acordo com a companhia, a S11D é o maior projeto da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro. Localizado na serra sul de Carajás, no Pará, com investimento previsto de US$ 8,039 bilhões para o desenvolvimento de mina e usina de processamento, o projeto tem capacidade nominal de 90 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro.

O S11D será acompanhado por investimento em infraestrutura de logística – na estrada de ferro Carajás e terminal marítimo de Ponta da Madeira – estimado em US$ 11,4 bilhões, o que permitirá, após sua conclusão, a movimentação de 230 milhões de toneladas de minério de ferro.

Fonte: zedudu.com.br

Conheça os Programas da SPCDM e mais um pouco do Projeto Nova Serra Pelada

A Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral – SPCDM, parceria feita pela empresa do grupo canadense a Colossus Minerals Inc., e a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada – COOMIGASP, promovem bastantes programas sustentáveis em prol da comunidade da Vila de Serra Pelada e da cidade de Curionópolis.

Foto: Anderson Souza
O projeto que segue funcionando a todo vapor 24 horas por dia e com três turnos de trabalhadores divididos em oito horas nos períodos de manhã, tarde e noite, também tem a responsabilidade social com o meio ambiente, onde tem cultivados milhares de mudas de árvores nativas da região, o programa faz parte do projeto de reflorestamento.

A preocupação da SPCDM não é só com o projeto de mineração, a população da Vila de Serra Pelada também recebe total atenção com os programas sociais realizados pela mesma. Alguns dos programas são: SSMAC – Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Comunidade, o CER SPCDM – Cultura, Educação e Renda e o Programa Portas Abertas que vocês já conhecem e já viram por aqui.

O SSMAC e o CER SPCDM são realizados no CDC – Centro de Desenvolvimento Comunitário, onde dispõe de áreas para prática de esportes, lazer e cultura. No CDC os jovens de Serra Pelada são qualificados para o mercado de trabalhado e lá se pode aprender: Culinária, Caldeiraria e Serralheria, Corte e Costura, informática, artesanato, entre outros.

Devido à importância desses programas, a SPCDM firmou diversas parcerias com o objetivo de colocar em prática seus programas de Responsabilidade Social, que visão aprimorar o acesso à cultura. Alguns dos parceiros são: SEBRAI, SENAC, Fundação Bom Samaritano, SENAI, SESI, Teatro de Tábuas e outros.
Além do compromisso com a comunidade de Serra Pelada, a Prefeitura de Curionópolis também recebe total apoio como já foi realizada no Hospital Municipal Alcione Barbalho, Reforma do Teatro Municipal, Reforma de Praças e outros. A SPDM atende as condicionais da Licença de Instalação (LI) expedida pela Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Pará.

O Projeto

A mina do projeto Nova Serra Pelada funciona 24 horas por dia, dividida em três turnos de trabalhadores nos períodos de manhã, tarde e noite. O túnel que já chega a 985m de comprimento e 140m de profundidade, começou, oficialmente os trabalhos no ano de 2010 com expectativa de termino em 3 anos.
Uma mina desse porte leva pelo menos 4 anos para está pronto, só que nós estamos  trabalhando seriamente que a expectativa seja de produção em três anos, ou seja, 2013. Haja vista que os trabalhos começaram oficialmente em 2010.”, afirmou Zé Ribamar que completou ainda: “Temos um projeto que funciona 24 horas por dia e dentro do túnel tem trabalhadores sócios da Coomigasp e que assim como nós também estão esperando a produção mineral.

Algumas acusações que chega a ser até uma baixaria com quem trabalha dentro do túnel são feitas através de alguns sites que não sabem o que se passa nos trabalhos realizados na Nova Mina de Serra Pelada, assim é o pensamento de um dos trabalhadores que é sócio da Coomigasp que ainda conclui-o: “Trabalho aqui dentro do túnel, sou associado da Coomigasp, temos funcionários da Coomigasp que trabalha aqui como o Jândir que fiscaliza os trabalhos 24 horas por dia, eu fico triste quando aparecem pessoas que não sabem o que se passa aqui e andam fazendo mentiras absurdas como apanhado de ouro, eu trabalho aqui e digo com clareza, isso nunca aconteceu e falo isso como sócio da Coomigasp e não como funcionário da empresa.”, disse um funcionário da SPCDM e sócio da Coomigasp.

O projeto Nova Serra Pelada tem uma expectativa de produção para o primeiro semestre do ano que vem, ou seja, o sofrimento de mais de 38 mil sócios da Coomigasp que dura mais de 30 anos pode ser resolvido já no ano que vem. Recentemente os sócios da Coomigasp receberam a noticia que ainda essa semana uma empresa chegará para fazer a montagem da usina de beneficiamento do minério. “A empresa que fará a montagem da usina de beneficiamento do minério que será produzido pela mina da Nova Serra Pelada já está chegando, vários caminhões já estão aqui no projeto, à expectativa é que ela fique pronto até o final do ano.”, comentou José Raimundo – Gerente de Produção da Coomigasp.

Valder Falcão – Presidente da Coomigasp afirma aos mais de 36 mil garimpeiros da Coomigasp que o projeto está funcionando normalmente e para os seus sócios não ligarem para as fofocas que estão sendo inventadas por uma ou duas pessoas que não querem o bem do projeto: “O projeto é um projeto bonito e está beneficiando todas as famílias que vivem em Serra Pelada. Filhos, netos e bisnetos de garimpeiros que ainda vivem em Serra Pelada, hoje dependem muito desse projeto.”, afirmou Valder que concluiu: “O site da Cooperativa é para manter o garimpeiro bem informado sobre o projeto e não para responder fofocas de gente que não querem o bem do projeto. A verdade é que temos um projeto montado e que no primeiro semestre do ano que vem já vai começar a produzir. Peço a vocês que não acreditem nas mentiras de uma ou duas pessoas irresponsáveis.”.

Fonte: AscomCoomigasp

Trabalhadores trocam o garimpo pelo cultivo de morango em Minas Gerais

Este ano, foram plantados 60 hectares de morango em Datas.Morango é uma das principais fontes de renda na região.

A região de Datas, em Minas Gerais, que era dominada pelo garimpo, está se transformando num polo de produção de morango. A possibilidade de renda certa tem feito muitas pessoas que trabalhava na mineração preferirem mudar de atividade.

O morango avança nas terras onde por vários anos foram extraídos diamantes e outras pedras preciosas. A fruta adaptou-se bem ao clima da região de Datas, no Alto Jequitinhonha. Os antigos garimpeiros trocaram a incerteza pela rentabilidade da cultura de morango.

O morango ganha espaço no terreno arenoso, localizado a mais de 1,3 mil metros de altitude. A região de Datas é a segunda maior produtora do estado, ficando atrás do sul de Minas Gerais. Mas não perde em qualidade. Atualmente, o morango é uma das principais fontes de renda na região.

As lavouras seguem uma tendência de crescimento. Em uma fazenda foram plantados 120 mil pés em dois hectares, com um investimento de R$ 80 mil que irá render mais do que frutos ao médio produtor. Os pequenos produtores formam a categoria dos ex-colhedores, que estudaram e já plantam a própria lavoura. O agricultor Marcos Guedes tira o sustento da família no pequeno espaço de terra.

Este ano, foram plantados 60 hectares de morango na região de Datas. Essa é a maior safra desde que a fruta começou a ser cultivada, há sete anos.

A tendência de crescimento na produção do morango pode ser atestada na propriedade onde foram plantados mais de 500 mil pés, protegidos por túneis que afastam as pragas. A expectativa é colher 1,2 quilo de morango por pé. A fruta colhida vai para o galpão, de onde segue para o Brasil.

O estado de Minas Gerais é o maior produtor de morango do país. A safra total deve passar de 40 mil toneladas.

Fonte: G1.globo.com